As recentes declarações do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, sobre a preparação para uma possível guerra geraram preocupações no agronegócio brasileiro. A tensão crescente nas fronteiras com a Ucrânia e o risco de escalada militar levantam incertezas sobre a oferta de fertilizantes, fundamentais para a produção agrícola no Brasil.
Na sexta-feira (27), uma nova doutrina nuclear da Rússia foi apresentada, estabelecendo que Moscou usará armas nucleares se a OTAN atacar a Bielorrússia. Lukashenko reiterou essa postura, afirmando que qualquer agressão contra o país resultará em uma resposta imediata, com apoio russo. Ele também destacou que tal cenário poderia desencadear a Terceira Guerra Mundial.
A Bielorrússia é o quarto maior fornecedor de cloreto de potássio (KCL) para o Brasil, exportando mais de 1 milhão de toneladas em 2023. Como o Brasil depende quase exclusivamente de potássio importado para seus trabalhos, a instabilidade na região pode afetar diretamente o setor agropecuário, especialmente com as negociações de fertilizantes para a safra de inverno já em andamento.
Especialistas, como Gabriel Gimeno, da Mosaic Fertilizantes, alertam que uma escalada geopolítica pode elevar os preços dos fertilizantes, dificultando a previsibilidade para os agricultores. Apesar disso, consultorias como StoneX e Agrinvest Commodities indicam que a oferta de KCL no Brasil tem sido diversificada, o que pode atenuar os impactos de um possível conflito.
fonte:epochtimesbrasil