Três senadores republicanos apresentaram um novo projeto de lei para retirar da China seus privilégios comerciais com os Estados Unidos, aumentando em 100% as tarifas sobre certas importações chinesas. O senador Tom Cotton (R-Ark.), membro dos comitês de inteligência e serviços armados, anunciou que o projeto removeria o status de Relações Comerciais Normais Permanentes (PNTR, na sigla em inglês) da China. O projeto, intitulado Neither Permanent Nor Normal Trade Relations Act (S.5264), conta com o co-patrocínio dos senadores Marco Rubio (R-Fla.) e Josh Hawley (R-Mo.).
“O status PNTR da China enriqueceu o Partido Comunista Chinês e custou milhões de empregos aos americanos”, afirmou Cotton em comunicado divulgado em 26 de setembro. Ele destacou que a medida visa proteger os trabalhadores dos EUA, fortalecer a segurança nacional e reduzir a influência chinesa sobre a economia americana.
Se aprovado, o projeto duplicará as tarifas sobre produtos chineses críticos para a segurança nacional dos EUA ao longo de cinco anos, permitindo ao presidente impor outras tarifas e cotas para eliminar gradualmente as importações da China. Além disso, encerraria o tratamento “de minimis” para o país, que atualmente permite que remessas abaixo de US$800 entrem nos EUA com mínima fiscalização.
A receita gerada pelas tarifas seria destinada a compensar agricultores e fabricantes americanos prejudicados por eventuais represálias chinesas, além de financiar a compra de munições e o pagamento da dívida pública.
Desde a concessão do status PNTR em 2000, que facilitou a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), o déficit comercial dos EUA com o país aumentou consideravelmente. Segundo Rubio, “tratar a China comunista como nossos maiores aliados foi uma das piores decisões do nosso país”.
A Coalition for a Prosperous America (CPA) elogiou a iniciativa, destacando que o status PNTR favoreceu o crescimento industrial da China às custas da economia americana. De acordo com a organização, o chamado “Choque da China” resultou na perda de 3,4 milhões de empregos no setor manufatureiro dos EUA desde 2001. A CPA estima que a revogação do PNTR poderia gerar um crescimento de 1,75% no PIB dos EUA e criar 2 milhões de novos empregos.
Autoridades do governo Biden também expressaram preocupação com a competitividade chinesa. Em setembro, Lael Brainard, assessora econômica da Casa Branca, afirmou que os EUA precisam proteger suas indústrias, especialmente diante do aumento nas exportações automotivas chinesas, para evitar um segundo “choque da China”, como o ocorrido nos anos 2000.
fonte:epochtimesbrasil