A greve, que se estenderá até hoje, (08), faz parte de uma estratégia para pressionar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a atender suas demandas de reajuste salarial e reformas no plano de remuneração e cargos.
O impasse nas negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz e o governo persiste após cerca de um ano de discussões. O governo federal ofereceu um reajuste de 9% para 2025 e 4% para 2026, proposta que foi rejeitada.
Os funcionários da Fiocruz exigem aumentos de 20% para 2024, 20% para 2025 e mais 20% para 2026.
O sindicato argumenta que, nos últimos 15 anos, os funcionários da Fiocruz enfrentaram uma perda de poder de compra de aproximadamente 59% para trabalhadores de nível superior e 75% para os de nível intermediário.
“A greve é uma resposta à insatisfação com a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação [em Serviços Públicos], que não reflete as perdas salariais dos trabalhadores da Fiocruz desde 2010”, afirmou Paulo Garrido, presidente do Sindicato.
Garrido destacou que a diretoria do sindicato está em busca de um acordo com os servidores e cobrou um reconhecimento do governo Lula.
“Nossa expectativa é que o governo reconheça toda a contribuição da Fiocruz ao povo brasileiro com uma valorização concreta de seus trabalhadores e trabalhadoras”, declarou Garrido.
No domingo (4), o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, encontrou-se com o presidente Lula em Santiago do Chile e entregou uma carta assinada por ele e pelo conselho deliberativo da instituição.
O documento ressalta as contribuições da Fiocruz ao Brasil e solicita o apoio de Lula para revisar a proposta apresentada ao sindicato.
Em resposta, uma nota publicada no site do Ministério da Gestão e Inovação informou que já foram firmados acordos com 28 categorias diferentes, mas a Fiocruz está entre as 17 para as quais as negociações ainda estão em andamento.
Uma nova assembleia dos servidores está marcada para hoje, quinta-feira (08).
fonte:epochtimesbrasil