Equipado com uma cangalha, estrutura usada para transportar fogos, o balão percorreu o bairro de Itaquera, onde arrastou e virou um carro e suspendeu uma motocicleta na fiação elétrica de um poste.
O incidente resultou na falta de energia em sete bairros da região: Itaquera, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí, Vila Carmosina, Vila Progresso e Vila Ré. O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta das 3h para controlar um princípio de incêndio em uma residência, mas não houve feridos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), soltar balões é considerado crime conforme a Lei 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, além de multa que pode chegar a R$ 10 mil, devido ao risco significativo de incêndios caírem.
O delegado João Blasi, da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, destacou que a Polícia Civil já realizou diversas operações contra a soltura de balões, especialmente nos meses de junho e julho, período de festas juninas.
“Os responsáveis muitas vezes não têm noção das consequências que seus atos podem causar”, alertou Blasi, mencionando também o perigo que representam para a aviação. “Imagine um piloto decolando e de repente se depara com um artefato desses. É um momento de grande tensão”, explicou.
A Polícia Militar Ambiental intensificou as ações de combate a esse tipo de crime, fechando 12 fábricas clandestinas de balões apenas na última sexta-feira (19) durante a Operação Guardião das Florestas.
Desde o início de 2024, o Corpo de Bombeiros já registrou 15 ocorrências de incêndios provocados por quedas de balões. No período de junho até o momento, foram reportados 8 casos. A Polícia Militar Ambiental também apreendeu 35 balões até o momento este ano.
Fonte:gazetanews