Nesta sexta-feira (30), o Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu formalmente que a Mongólia colabore com o tribunal e prenda o presidente russo, Vladimir Putin, durante sua visita ao país em 3 de setembro.
O TPI lembrou em um comunicado que a Mongólia é signatária do Estatuto de Roma e, portanto, tem a obrigação de cumprir as decisões do tribunal, incluindo mandados de prisão. “Os Estados Partes do Estatuto de Roma devem cooperar conforme estipulado no Capítulo IX do Estatuto, enquanto os Estados não Partes podem optar por cooperar voluntariamente”, afirmou o tribunal. O comunicado também destacou que, caso haja falta de cooperação, os juízes do TPI poderão emitir uma conclusão sobre a questão e relatá-la à assembleia dos Estados Partes, que então tomará as medidas adequadas.
O Kremlin, por sua vez, demonstrou confiança de que Putin não será preso na Mongólia durante sua visita oficial, apesar do mandado de prisão emitido pelo TPI. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou: “Não estamos preocupados. Mantemos um excelente diálogo com nossos amigos na Mongólia”, ao ser questionado sobre a possibilidade de prisão do presidente russo.
Peskov também mencionou que “todos os aspectos da visita foram cuidadosamente planejados”. Durante sua visita de 3 de setembro, Putin se encontrará com o presidente mongol, Ukhnaa Khurelsukh, em Ulaanbaatar, para discutir questões bilaterais e cooperação. Além disso, o presidente russo participará de uma cerimônia que celebra o 85º aniversário da Batalha do Rio Khalkh, um confronto histórico entre tropas soviéticas e mongóis contra as forças japonesas.
Esta será a primeira viagem de Putin a um Estado-membro do TPI desde que o tribunal emitiu um mandado de prisão contra ele no ano passado, em razão de supostos crimes de guerra na Ucrânia, decisão que foi amplamente criticada por Moscou.
fonte:epochtimesbrasil