Reforçando seu discurso contra a imigração, novas afirmações polêmicas do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, vieram à tona nesta segunda-feira (7/10). Referindo-se a migrantes como “criminosos”, ele associou supostos assassinatos cometidos por pessoas que vivem ilegalmente no país a uma predisposição genética.
Entrevistado para o podcast “The Hugh Hewitt Show”, o magnata primeiramente acusou sua rival, a candidata democrata e atual vice-presidente americana, Kamala Harris, de ter deixado entrar no país milhares de “assassinos”.
Segundo Trump, a política imigratória do governo de Joe Biden permitiu que 425 mil “criminosos” cruzassem as fronteiras do país. “Eles não deveriam estar aqui”, afirmou.
“Vários deles mataram bem mais que uma pessoa e hoje vivem tranquilamente nos Estados Unidos”, reiterou. “Esses assassinatos, vocês sabem, acho que está nos genes deles”, continuou, antes de completar: “temos muitos genes ruins entrando no nosso país neste momento”.
Trump também declarou que Kamala Harris quer adotar um sistema “do tipo Partido Comunista” para “alimentar as pessoas” com o dinheiro do governo federal.
Multiplicação de fake news
O ex-presidente explora, nessa reta final da campanha das eleições de 5 de novembro, uma retórica cada vez mais violenta contra os migrantes, multiplicando falsas e chocantes informações. Trump tenta convencer o eleitorado de que o país vive uma invasão de estrangeiros, a quem acusa de “estupros de jovens americanas”, de “envenenar o sangue dos Estados Unidos” e de comer animais domésticos.
No entanto, esse comportamento não é novo. Desde sua primeira campanha presidencial, em 2015, o magnata usa a estratégia de atribuir parte dos problemas do país à imigração. Há nove anos, ele chocou a opinião pública ao classificar os migrantes de “estupradores”.
Para proteger o país da imigração, ele prometeu na época a construção de um muro de cerca de três mil quilômetros na fronteira entre os Estados Unidos e o México, um projeto que jamais foi finalizado.
Reagindo às declarações desta segunda-feira do líder republicano, a Casa Branca condenou as afirmações, declarando que elas “ecoam a grotesca retórica de fascistas e supremacistas brancos violentos”. Já o porta-voz da campanha do ex-presidente indicou que, no podcast, “ele estava claramente falando sobre assassinos e não migrantes”.
Fonte: metropoles