Na manhã de quinta-feira (22), o ex-presidente Donald Trump declarou que ficaria honrado em receber o apoio de Robert F. Kennedy Jr., candidato presidencial independente. Esta declaração surgiu após a campanha de Kennedy anunciar que o candidato fará um discurso à nação na sexta-feira.
“Eu o conheço há bastante tempo. Ele é, como vocês sabem, um pouco diferente. Muito inteligente. Uma pessoa realmente boa”, comentou Trump sobre Kennedy em uma entrevista ao programa “Fox and Friends”.
“Se ele me apoiasse, eu ficaria honrado. Eu realmente ficaria muito honrado com isso”, disse o ex-presidente. “Ele realmente tem o coração no lugar certo. Ele é uma pessoa respeitada. Algumas mulheres gostam de suas políticas, e outras não gostam.”
No início desta semana, Nicole Shanahan, companheira de campanha de Kennedy, sugeriu em um podcast que a campanha poderia formar seu próprio partido ou se unir a Trump para apoiá-lo.
Na quarta-feira, a campanha anunciou que Kennedy fará um pronunciamento sobre o futuro de sua candidatura na sexta-feira, no Arizona. Trump também fará uma aparição no estado para um discurso, embora ainda não esteja claro se os dois candidatos estarão juntos.
Trump também mencionou que estaria disposto a nomear Kennedy para um cargo em sua administração.
“Provavelmente sim, se isso acontecer. Ele é uma pessoa muito diferente, muito inteligente. E, sim, eu ficaria honrado com esse endosse, com certeza”, disse Trump à CNN.
Inicialmente, Kennedy, de 70 anos, buscou a indicação do Partido Democrata para a presidência, mas acabou decidindo concorrer como independente. Seu apoio nas pesquisas caiu para um dígito após o presidente Joe Biden anunciar sua desistência da corrida e endossar a vice-presidente Kamala Harris, indicada pelo Partido Democrata, que deve se dirigir à convenção do partido na quinta-feira.
A pesquisa mais recente da The Economist e YouGov, divulgada em 21 de agosto, mostra Kennedy com apenas 3% de apoio dos eleitores prováveis. Em contraste, Harris e Trump têm 46% e 43% de apoio, respectivamente.
Na entrevista desta semana, Shanahan destacou que os desafios enfrentados pela campanha, como o que ela chamou de “shadow-ban” nas mídias sociais, exclusão de eventos e questões legais, diminuem significativamente as chances de um candidato de terceira via como Kennedy vencer.
“Eu realmente queria uma chance justa nesta eleição, e eu acreditava na América à qual, quando era jovem, jurei lealdade. Mas não é onde estamos hoje”, disse ela, acrescentando que os “dezenas de milhões” de dólares que doou pessoalmente para a campanha não tinham a intenção de transformar Kennedy em um “spoiler.”
“Nós queríamos vencer. Queríamos uma chance justa”, afirmou.
Antes do anúncio, Shanahan mencionou que havia duas opções: formar um novo partido, o que poderia resultar na eleição de Kamala Harris e Waltz ao tirar votos de Trump, ou se unir a Donald Trump e explicar as razões dessa decisão. “Não é uma decisão fácil”, observou.
Um dia após a entrevista no podcast, um porta-voz de Kennedy publicou na plataforma X que o candidato “se dirigirá à nação ao vivo na sexta-feira sobre o momento histórico presente e seu caminho a seguir.” O discurso ocorrerá em Phoenix às 14h ET, sem mais detalhes fornecidos.
fonte:epochtimesbrasil