O próximo presidente dos Estados Unidos estará à frente de um dos períodos mais críticos nas relações do país com a China, uma nação que busca desafiar a liderança mundial americana. Segundo um relatório do Pew Research Center de julho, oito em cada dez americanos têm uma visão negativa da China. Em Washington, há um consenso de que o regime chinês representa uma ameaça crescente, diminuindo a diferença de poder militar, diplomático e tecnológico com os EUA.
A postura atual dos EUA em relação à China foi iniciada pelo ex-presidente Donald Trump, que caracterizou a China como um “competidor estratégico” e impôs tarifas extensas sobre produtos chineses, restringindo o acesso de Pequim a tecnologias sensíveis. A administração Biden deu continuidade a muitas dessas políticas, indicando que o posicionamento americano em relação à China seguirá firme. Contudo, os estilos de liderança de Trump e Kamala Harris indicam abordagens diferentes, dependendo de quem eles nomearem para cargos-chave.
No campo econômico, ambos concordam em proteger bens e tecnologias estratégicas e combater as práticas comerciais injustas da China. Harris, vice-presidente democrata, tem seguido a linha de Biden, reforçando tarifas sobre produtos e prometendo medidas enérgicas contra violações comerciais chinesas. Já Trump, candidato republicano, sinalizou que pretende intensificar a guerra comercial, sugerindo tarifas ainda mais altas e cortar laços comerciais mais profundos com Pequim.
Na área de segurança, Trump defende uma estratégia de dissuasão militar robusta, enquanto Harris tem sido menos propensa a aumentar gastos em defesa, mas reafirma o compromisso com a supremacia aérea e espacial dos EUA. Ambos concordam que o Indo-Pacífico é o foco estratégico dos EUA, mas diferem em como equilibrar as ameaças de outras regiões, como a guerra Rússia-Ucrânia.
Além disso, o combate à crise do fentanil, amplamente associada ao tráfico de substâncias da China para o México, é outro ponto em comum nas plataformas de Trump e Harris. Ambos prometem medidas firmes para combater o fluxo de drogas, mas divergem em como lidar diretamente com Pequim nesse aspecto.
Embora compartilhem algumas semelhanças em questões econômicas e de segurança, Trump e Harris apresentam visões distintas sobre como engajar-se com a China e administrar a crescente rivalidade.
fonte:epochtimesbrasil