O Exército da Ucrânia avançou dois quilômetros em território controlado pela Rússia na região de Lugansk, após um contra-ataque surpresa que causou grandes perdas às tropas russas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (23) pelo serviço de imprensa da 3ª Brigada de Assalto, que liderou a operação.
Durante o contra-ataque, a 3ª Brigada de Assalto ucraniana foi responsável pela destruição de dezenas de equipamentos militares e pela neutralização de mais de 300 soldados russos – entre mortos e feridos – nas proximidades de Novovodyane, na fronteira entre as regiões de Kharkiv e Lugansk, conforme relatado pelo porta-voz militar Olekandr Borodin à emissora pública Suspline.
A brigada conseguiu capturar diversas posições russas e avançar cerca de dois quilômetros em território russo, de acordo com um relato publicado na conta da brigada no Telegram, que também incluiu um breve vídeo da operação.
O ataque, que durou quatro dias e terminou em 15 de agosto, foi mantido em sigilo até agora por questões de segurança.
“O principal objetivo da operação foi interromper o potencial ofensivo do 20º Exército da Federação Russa. Essa missão foi cumprida com sucesso”, afirmou o comandante da brigada, coronel Andri Biletski.
Além disso, o contra-ataque impediu que os russos realizassem um ataque planejado perto de Makiivka, a quatro quilômetros ao sul, conforme mencionado por Borodin.
“O inimigo estava formando grupos de assalto e acumulando forças e recursos naquela área. Agora, acredito que esses planos não são mais relevantes para eles”, destacou Biletski.
Ele ressaltou a singularidade da operação, mencionando que, apesar da desvantagem numérica, a vitória foi alcançada através de “planejamento detalhado, decisões inovadoras e trabalho coordenado de artilharia, defesa aérea, drones e forças de reconhecimento”.
Atualmente, a situação na área é descrita como “estável”, embora as tropas russas continuem tentando recuperar o território perdido, conforme relatado por Borodin. Ele também observou que, embora a Rússia ainda mantenha grandes reservas na área, especialmente de infantaria, artilharia e drones FPV, a eficácia dessas forças deve diminuir agora que seus planos e logística foram impactados pelo contra-ataque.
fonte:epochtimesbrasil