Após um sábado (3) repleto de protestos na Venezuela, María Corina Machado e o presidente eleito Edmundo González usaram as redes sociais para celebrar os atos de seus apoiadores e reafirmar suas posições.
A manifestação de apoio “à reeleição” do ditador Maduro ocorreu em frente ao Palácio Miraflores, em Caracas, a capital do país.
O evento foi denominado Grande Marcha Nacional pela Defesa da Paz (Gran Marcha Nacional por la Defensa de la Paz). O nome do ato reflete a visão do ditador de que a oposição optou pela violência e planeja um ataque nas ruas.
Mas, quem possui as forças militares armadas e a máquina é definitivamente o ditador Maduro. Ironia?
“Hoje, a bandeira nacional com suas oito estrelas brilhou em todo o país, o estandarte que levou a liberdade por toda a América do Sul. Viva o Tricolor Nacional!” publicou o ditador nas redes sociais.
Maduro ainda não comentou diretamente as manifestações de opositores, que o acusam e provaram a fraude na reeleição. Nas redes sociais, o presidente eleito Edmundo González reafirmou seu papel como vencedor das eleições e afirmou que os protestos contra Maduro são uma forma de o povo exigir o reconhecimento do resultado.
“Os venezuelanos expressaram claramente sua vontade em 28 de julho com a nossa vitória eleitoral. Hoje, a Venezuela, unida e sem medo, saiu às ruas em paz e em família para exigir que sua decisão nas urnas seja respeitada. Conseguiremos garantir que sua decisão seja respeitada e iniciaremos a reinstitucionalização da Venezuela”, escreveu o candidato.
A líder da oposição, María Corina Machado, acusou o governo de Maduro de reprimir brutalmente aqueles que contestam o resultado real das eleições e afirmou que os protestos são uma resposta ao governo ditatorial.
“Após seis dias de repressão brutal, acreditaram que poderiam nos silenciar, parar ou intimidar. Vejam a resposta. Hoje, a presença de cada cidadão nas ruas da Venezuela demonstra a magnitude da força cívica que possuímos e nossa determinação de seguir em frente”, publicou Corina.
Até o momento, pelo menos 20 pessoas foram mortas durante os protestos pós-eleitorais, segundo o grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch. Outras 1.200 pessoas foram detidas ilegalmente em conexão com as manifestações, contra o governo ditatorial e ilegítimo de Maduro.
Reginaldo Gonzaga