A disputa eleitoral na Venezuela em 2024 tem sido marcada por um clima de tensão e incerteza, reforçado por declarações polêmicas do presidente Nicolás Maduro. A situação no país é descrita por muitos críticos internacionais como uma ditadura, devido à repressão a opositores, censura à imprensa e manipulação eleitoral.
Maduro recentemente afirmou que, se não vencer as eleições, haverá um “banho de sangue” no país. Essa declaração intensificou a preocupação com a possibilidade de violência e repressão durante e após as eleições.
Até recentemente, Edmundo González Urrutia conversava de varanda em varanda com os netos, vizinhos de um prédio adjacente. Mas o seu papel de avô foi inesperadamente substituído pelo de candidato à presidência da Venezuela, em uma eleição em que enfrenta o presidente Nicolás Maduro.
Com grandes chances de vitória.
Apesar de as pesquisas eleitorais apresentarem cenários divergentes.
Algumas pesquisas indicam que o candidato de oposição, Edmundo González Urrutia, tem uma vantagem significativa. Por exemplo, estudos da ClearPath, Datincorp e Poder y Estrategia y Consultores mostram Urrutia com entre 55% e 66% das intenções de voto, enquanto Maduro teria entre 20% e 35%). Outras pesquisas, como as da Delphos e ORC Consultores, também colocam Urrutia à frente com 59% e 59,68%, respectivamente.
Por outro lado, há levantamentos que mostram Maduro na liderança. Pesquisas da IdeaDatos e Dataviva indicam que Maduro teria 55,9% e 56% das intenções de voto, enquanto Urrutia teria 22,4% e 20,5%, respectivamente. Essas discrepâncias nas pesquisas refletem a intensa polarização e a guerra de informações que caracteriza a atual campanha eleitoral.
A eleição está programada para o dia 28 de julho, e será um teste crucial para a democracia venezuelana. A comunidade internacional está atenta, especialmente após a exclusão de candidaturas importantes da oposição e a desconfiança generalizada em relação ao processo eleitoral
Reportagem: Reginaldo Gonzaga