David Dutch e Jim Copenhaver, que sobreviveram a um tiroteio ocorrido em 13 de julho durante um comício em Butler, Pensilvânia, no qual o ex-presidente Donald Trump também foi alvejado, criticaram o Serviço Secreto dos Estados Unidos por não garantir a segurança adequada no local. Ambos os sobreviventes agora pretendem mover uma ação judicial contra os responsáveis.
Dutch, de 57 anos, e Copenhaver, de 74, foram atingidos por disparos feitos por Thomas Crooks, que tentou assassinar Trump durante o evento. O ex-presidente foi atingido de raspão na orelha, enquanto Corey Comperatore, de 50 anos, acabou morrendo no ataque. Dutch e Copenhaver estavam posicionados nas arquibancadas atrás de Trump quando os tiros foram disparados.
Em uma entrevista à NBC News, Dutch afirmou: “Houve 100% de negligência por parte do Serviço Secreto, assim como de todos os envolvidos na segurança, especialmente na comunicação entre os departamentos. Foi uma falha terrível.” Copenhaver complementou: “Estou certo de que houve negligência. Isso não teria acontecido se o local estivesse seguro. Todo o esquema de segurança falhou.”
Os advogados de ambos confirmaram que estão analisando as possibilidades de ação judicial, mas ainda investigam contra quem exatamente irão processar. O Serviço Secreto, por sua vez, não fez comentários sobre o possível litígio.
Dutch, veterano das forças armadas, descreveu o impacto do tiro como “ser atingido por uma marretada no peito”. Tanto ele quanto Copenhaver ainda estão em recuperação; Dutch mencionou que perdeu 11 quilos, não pode dirigir e tem limitações físicas significativas.
O Serviço Secreto reconheceu que o evento foi mal gerido. A então diretora da agência, Kimberly Cheatle, classificou o incidente como “a falha operacional mais grave” do Serviço Secreto em décadas. Uma revisão interna identificou problemas na comunicação entre as forças de segurança, incluindo a separação física entre os agentes do Serviço Secreto e o posto de comando local.
Ronald Rowe, diretor interino do Serviço Secreto, admitiu publicamente que houve falhas significativas, ressaltando que os agentes não mantiveram contato com a equipe no topo do edifício de onde Crooks efetuou os disparos. O atirador, Crooks, foi neutralizado por um franco-atirador do Serviço Secreto.
Trump retornou ao local do comício em setembro e fez um momento de silêncio em homenagem a Corey Comperatore, além de se encontrar com a viúva e as filhas da vítima após o evento.
fonte:epochtimesbrasil