O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu a incursão transfronteiriça da Ucrânia em Kursk como um “fracasso”, contradizendo as informações de que os seus soldados tinham sido apanhados desprevenidos.
No discurso proferido, na quinta-feira, na sessão plenária do Fórum Económico Oriental, na cidade russa de Vladivostok, Putin disse que “O objetivo da Ucrânia era fazer com que a Rússia transferisse tropas de uma área para outra e parasse a ofensiva em Donbass, mas não conseguiu. A Ucrânia está agora a sofrer perdas muito pesadas em termos de mão de obra e equipamento”.
Putin indicou, ainda, que as forças armadas russas estão gradualmente a expulsar as tropas ucranianas das zonas fronteiriças e que estas estão enfraquecidas em diversas áreas-chave.
Vladimir Putin diz apoiar Kamala Harris na corrida à Casa Branca
Entretanto, o líder russo ofereceu um apoio surpreendente a Kamala Harris nas presidenciais dos Estados Unidos de 2024, em vez de ao antigo presidente Donald Trump.
“O nosso favorito, se é que lhe posso chamar assim, era o atual presidente, Biden, mas foi retirado da corrida. Mas ele recomendou a todos os seus apoiantes que apoiassem a Sra. Harris, por isso vamos fazer o mesmo, vamos apoiá-la. Ela ri-se de uma forma tão expressiva e contagiante que diz que está tudo bem com ela”, afirmou Putin, acrescentando que “Trump, por exemplo, impôs tantas restrições e sanções contra a Rússia, como nenhum presidente antes dele tinha feito”.
Vladimir Putin apareceu no Fórum Económico Oriental ao lado da primeira-ministra da Malásia, Anwar Ibrahim, e do vice-presidente chinês Han Zheng, tendo admitido que preferia ter a China, o Brasil e a Índia como mediadores nas conversações de paz sobre a guerra com a Ucrânia.
“Nunca nos recusámos a negociar, mas não com base em exigências temporárias, com base nos documentos acordados e efetivamente rubricados em Istambul”, afirmou Putin.
O governo de Kiev já fez saber que não se envolverá em negociações diretas com a Rússia.
Fonte: euronews